sábado, 22 de dezembro de 2012

Parque de Arvorismo do Cocó é inaugurado neste sábado

Os amantes da natureza têm um motivo para comemorar: o Ceará é o primeiro Estado do Brasil a receber um equipamento de arvorismo público. Foi inaugurado, na manhã deste sábado (22), o Parque de Arvorismo do Cocó, em Fortaleza. A obra é realização do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Esportes em parceria com o Conselho de Políticas e Gestão do Meio Ambiente (Conpam). Estiveram presentes na inauguração o governador Cid Gomes, o secretário estadual de Esportes Gony Arruda e o presidente do Conpam Paulo Henrique Lustosa.

O investimento na obra foi de R$326.476,50. Em seu discurso, o governador aproveitou para alertar sobre a necessidade de mais áreas arborizadas na região urbana. "Desejo que esse lugar seja um espaço de convivência e que a gente possa trabalhar a diversão e a consciência ambiental", frisou.

De acordo com Paulo Henrique Lustosa, o equipamento foi criado para diversificar as opções de recreação dos frequentadores do Parque do Cocó. "(O parque) é uma possibilidade de contato com a natureza que a gente tem em Fortaleza", complementou o secretário Gony Arruda.
O arvorismo consiste na travessia de um percurso suspenso entre plataformas construídas nas copas das árvores.

Funcionamento do parque
Os equipamentos do Parque de Arvorismo do Cocó são diversificados. O destaque é para a tirolesa de 90 metros, que promete agradar os praticantes de esportes radicais. Além disso, o local também possui rapel e um muro de escaladas com três vias.
O parque funciona todos os dias da semana. De segunda a sexta-feira, o local é exclusivo para escolas e instituições, que devem realizar agendamento prévio. Aos sábados, domingos e feriados o espaço é aberto ao público. As visitas, porém, são realizadas em grupos de 20 pessoas, sendo inviável acessar os equipamentos individualmente. Todos os praticantes devem realizar um cadastro.

Localização
O parque de arvorismo fica localizado na Av.Padre Antônio Tomás, esquina com a Av. Engenheiro Santana Júnior, no Cocó. É aberto das 8h às 12h e das 13h às 17h.

Fonte: diariodonordeste.com

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Extrativismo ganha força no Cariri

A cadeia produtiva do pequi e do coco babaçu, na região sul do Estado, deverá passar por um processo de organização e fortalecimento. A promoção do arranjo produtivo desses produtos, contando com os povos e comunidades, está sendo debatida com órgãos ambientais e a própria população. São mais de 1000 famílias que sobrevivem atualmente com a extração desses produtos.

FOTO: ELIZÂNGELA SANTOS

A meta é poder oferecer melhores condições de processamento e aproveitamento. Municípios como Barbalha, Jardim, Santana do Cariri, Missão Velha, Crato, dentre outras cidades onde há a produção, estarão envolvidos. O projeto de um ano, desenvolvido por meio da Fundação Araripe, em parceria com órgãos federais e Programa das Nações Unidades para o Desenvolvimento (Pnud), tem a finalidade de diagnosticar a cadeia e compreender os entraves que existem e quem está atuando nesse processo, o quanto se produz e deixa de aproveitar.
Para o coordenador do projeto "Produção do Arranjo Produtivo do Babaçu e Pequi", Cristiano Cardoso, a ideia é fazer todos os levantamentos possíveis, identificar onde estão os extrativistas e ver o que produzem.
A pretensão, a partir desses procedimentos, é montar um núcleo de animação envolvendo instituições para, ao fim da realização do projeto, o plano de ação ter continuidade.

Planejamento
Também será realizado um planejamento estratégico com um plano de ação para a cadeia, além de capacitações dos produtores. Segundo o coordenador, a meta é melhorar a gestão do empreendimento, como forma de possibilitar o acesso às políticas públicas e capacitar desse modo para o processo de boas práticas de produção.
Ele afirma que o número mais exato em relação ao número de produtores, se refere ao levantamento que foi realizado por meio da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Barbalha, de extrativistas de babaçu, que são cerca de 200, com informações completas. Mas, do ponto de vista regional, há pelo menos 1000 pessoas que sobrevivem da extração do coco e do pequi.
A noção de quantidade de produtores, conforme o coordenador do projeto, é bem maior do que existe, quando se trata de termos regionais.
Cristiano Cardoso também destaca produtos como o leite de janaguba, fava danta, dentre outros. Nesse universo, o número de extrativistas se amplia bem mais. "O certo é que nossas estatísticas oficiais não conseguem dar a real dimensão da importância, tanto social, quanto econômica, do extrativismo para a região", constata.
O projeto que começa a ser desenvolvido na região, segundo o coordenador, faz parte de um acordo de subvenção do Pnud, incluindo também os ministérios do Meio Ambiente e do Desenvolvimento Social, com execução da Fundação Araripe. O trabalho será desenvolvido com parcerias como a Empresa de Assistência Técnica de Extensão Rural do Ceará (Ematerce). Cristiano destaca a importância dessa atividade mais próxima da comunidade e as pessoas se reconheceram como extrativistas. "Os produtores ainda não se identificam nessa região como tal, como acontece com os catadores de castanha-do-pará e a com a borracha", diz ele.
Para o coordenador, esse é um dos primeiros passos, que considera de grande relevância. "Ele deve ter na sua declaração de aptidão, junto ao Pronaf, a identificação não apenas de pequeno produtor, mas de extrativista", ressalta.
Na sua opinião, essa é uma forma de resgate da identidade e uma compreensão como produtor nessa categoria de trabalho. Segundo Cristiano, o extrativismo vegetal se torna importante por manter a floresta em pé. As vantagens das boas práticas de produção vão desde a conservação das sementes à própria conservação das espécies, de uma forma racionalmente adequada.

Apresentação
Na última segunda-feira, foi realizada a apresentação do projeto, na sede da Fundação Araripe, no Crato, junto a algumas instituições da região, a exemplo do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), secretarias de meio ambiente, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMbio), organizações não governamentais, Área de Proteção Ambiental da Chapada do Araripe (APA - Araripe), Sindicatos de Trabalhadores Rurais, representantes de associações e da própria comunidade. Também foram determinadas as instituições e grupos que serão convidados para a primeira oficina de planejamento da cadeia. A ideia é que isso ocorra ainda este mês.
Cristiano Cardoso destaca a importância econômica para a região desses produtos, principalmente no período de safra, promovendo o aquecimento da economia local, estendendo-se a toda a rede produtiva. "Em torno de 15% a 20% no campo da agricultura podem ser estimulados por esses produtos", estima o coordenador do projeto.

Organização
1000 famílias, em média, sobrevivem do extrativismo do babaçu e do pequi na região do Cariri. Este número deverá de ampliar.
 
Fonte: diariodonordeste.com

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

PRF apreende 30 aves silvestres em caixas de leite



A Polícia Rodoviária Federal apreendeu 30 aves silvestres transportadas ilegalmente em caixas de leite na Barra do Turvo (a 322 km de São Paulo), por volta das 14h de sábado (2).
Durante operação de combate ao crime, policiais abordaram um carro na altura do km 525 da rodovia Régis Bittencourt, guiado por um homem de 39 anos. Ele estava acompanhado por seu filho, de 12 anos.
Ao vistoriar o veículo, os policiais encontraram duas embalagens grandes com caixas de leite longa vida, que tinham pequenos furos.
Nas caixas foram encontrados 30 pássaros da espécie trinca-ferro. O motorista não tinha licença ambiental para transportar as aves.
Os pássaros foram apreendidos e encaminhados para o Ibama de Iguape (a 233 km de São Paulo). O homem deve responder ao crime em liberdade, além de pagar multa ambiental pela posse de aves e maus tratos.

Fonte: Portal Meio Norte

Um alerta sobre a caatinga nordestina





Com o título “Bioma degradado’, eis artigo de Nilson de Araújo, professor do IFCE e mestre em Tecnologia e Gestão Ambiental. Ele aborda a degradação da caatinga, resultado de uma exploração predatória. Hoje esse ecossistema característico do Nordeste está com menos de 30% de sua área original. 

No último balanço sobre as condições ambientais do semiárido, a perspectiva é desencorajadora. A degradação assusta, porquanto gira em torno de 350.000 ha/ano, piorando assim, as condições de sobrevivência no grande polígono das secas. Enquanto os especialistas alertam para o processo de desertificação crescente do Nordeste brasileiro, quase nenhuma mudança ocorre no comportamento dos vilões do meio ambiente. Com efeito, o bioma caatinga vem sendo explorado de forma predatória e teve sua área diminuída, encontrando-se hoje com menos de 30% de sua área original.

A caatinga representa o principal ecossistema da região Nordeste, distribui-se por todo o semiárido, ocupa cerca de 800 km2 de área, recobrindo, aproximadamente, 10% do território brasileiro. No entanto, 85% deles apresentam sinais avançados de degradação, tornando evidente o efeito apenas paliativo dos programas para frear esta degradação.

A flora e a fauna sofrem mutações ambientais durante as duas estações do ano: a das chuvas e a do verão. A flora possui um considerável número de espécies endêmicas, bastante importantes como patrimônio biológico. São exemplos de algumas espécies mais típicas deste bioma: imburana de cheiro, angico, mandacaru, mofumbo, jurema preta, sabiá, juazeiro e outras dezenas de espécies, próprias dessa região.

A fauna também é rica. Só para se ter uma noção dos níveis de endemismo existente, das 41 espécies de lagartos e cobras-de-duas-cabeças, 16 são encontradas somente na caatinga, o que equivale a um índice de quase 40% de endemismo; quanto aos anfíbios e répteis, o índice é de 15%. Estão em risco de extinção diversos animais característicos da região como o pintassilgo, o tatu-peba, o gato-do-mato, a onça-pintada, o macaco-prego, o bicho preguiça, dentre outros.

Há décadas que já deveria ter-se iniciado e tomado corpo um movimento centrado nas necessidades de cada município estruturar um horto florestal para produzir e distribuir mudas de vegetais resistentes às secas.

Assaz interessante será o embelezamento de todas as cidades deste imenso país, com nova cobertura vegetal, em concomitância com o reflorestamento de sítios, chácaras e pequenas propriedades rurais, o que contribuiria para começar a dar forma nova às condições ambientais. Assumindo essa posição, os gestores estarão complementando o que a bela natureza já fez.

Fonte: O Povo - Blog do Eliomar

sábado, 1 de dezembro de 2012

Chuva em Teresina não caracteriza início do período chuvoso na região

As chuvas que ocorreram em Teresina nos últimos dias aliviaram o calor intenso do B.R.O. BRÓ, mas estão abaixo da média histórica e ainda não caracterizam o início do período chuvoso da região Centro Norte do estado, afirma a meteorologista Sonia Feitosa da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semar).

Segundo ela, o sistema climático que provocou as chuvas na capital é o mesmo que atua no Sul do Piauí. “A zona de convergência do Atlântico Sul passou muito perto do estado, trazendo bastante umidade. Ela é uma dos principais responsáveis por essas precipitações em Teresina. Quem atua no período chuvoso do Centro Norte e Norte do Piauí é o sistema do Atlântico Norte”, explica.
A meteorologista confirmou que, devido ao aquecimento das águas do Atlântico Norte, a previsão é de chuvas abaixo da média até fevereiro de 2013.

“Esse aquecimento faz com que as águas do Atlântico Norte puxem, para perto do oceano, a zona de convergência que provoca as chuvas em metade do Piauí. Ou seja, há uma tendência dela não migrar tanto para nossa região”, afirma Feitosa.
De acordo com a meteorologista, as chuvas já estão concretizadas no Sul do estado, mas também abaixo da média. “Tem chovido de forma espaçada na região. Cai água em uma município, mas não em outro. Chove um dia e passa uma semana para vir outra precipitação”, disse.

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê tempo nublado a parcialmente nublado com chuva isoladas neste sábado (1º) e domingo (2) em Teresina. A temperatura máxima prevista é de 34° e a mínima é 24°.

Fonte: G1.com

Uruçuí: Após fortes chuvas, riacho arrasta trecho de rodovia




A rodovia que liga o bairro São Francisco ao resto da cidade de Uruçuí, foi destruída pela força das águas de um riacho que acabou transbordando com o alto nível de chuvas na cidade na manhã desta sexta-feira (30).

As águas carregaram mato e pedaços de árvores, de um terreno que havia ao lado, o que acabou entupindo a manilha que ficava embaixo da pista. A força foi tão grande que acabou rompendo a estrutura que foi levada pela enxurrada.

Segundo dados da Secretaria de Meio-ambiente e Recursos Hídricos (SEMAR), a tendência é de que as chuvas continuem durante o fim de semana, com previsão de muitas nuvens com pancadas de chuva isoladas. As temperaturas ficam entre 21°C a mínima e 35ºC a máxima.

Segundo informações de portais da cidade, alguns agricultores que cultivavam próximo ao riacho tiveram perda total, pois as plantações foram arrastadas pela água.

Fonte: Uruçui News

Depois de passar por vários lugares do mundo, britânica se encanta com praia do Litoral Oeste cearense



Taíba é o nome desse paraíso e fomos em busca de conhecer a história de uma viajante que percorreu meio mundo para encontrar o seu destino final no Ceará: a carismática inglesa, Kate Chandler.

O seu mérito foi ter conseguido assimilar o que aquela comunidade tinha de melhor a oferecer para o mundo. "Eu só fiz dizer para os meus amigos e para os amigos deles que no paraíso faz sol todo dia e o vento sopra nove meses por ano", lembra.

E também que não há nada melhor do que a brisa do mar acariciando o seu rosto durante o velejo diário", declara a modesta Kate, enquanto coloca o seu cachorrinho no ombro para velejarem juntos na lagoa.

Modéstia à parte, a revolução da qual Kate fez parte é muito mais profunda do que muitos conseguem se dar conta.

Ao divulgar pela Europa informações tão positivas sobre nosso estado e país, ela foi mais uma a ajudar a mudar a imagem que o Brasil tinha no exterior.

Se hoje ela é considerada uma das pessoas mais influentes para o kitesurf internacional foi porque conseguiu transmitir, como ela mesma fala, a atmosfera envolvente que esse pequeno pedaço do Éden emana para todos os seus visitantes.

Experiência

"Percorri muitos países antes de decidir morar aqui. Em alguns deles, eu até achei que poderia ser um bom lugar para morar. E talvez alguns deles fossem. Mas, quando cheguei à Taíba não restou mais dúvidas. Eu senti que era aqui que eu queria viver", conta Kate, com o olhar perdido no horizonte de quem recorda uma história feliz.

Paraíso do kitesurf, a Praia da Taíba tem atraído a cada ano uma grande quantidade de atletas estrangeiros, que procuram o local para treinos e lazer

Hoje, Kate não tem mais a pousada com a qual acolheu, durante cinco anos, seus milhares de amigos e clientes que vieram em busca do "El Dorado" dos amantes dos ventos. Segundo ela, a separação do companheiro a obrigou a desfazer-se do projeto que deu início ao seu grande sonho.

Contudo, ela continua a convidar e atrair viajantes que vêm para o Ceará em busca de uma tal "vidinha mais ou menos" que tanto encanta e seduz.

O novo projeto dela, que vem tomando corpo nos últimos meses, é o de organizar um "KiteCamp", onde ela poderá dar todo o suporte necessário para quem deseja ter uma experiência esportiva, gastronômica, espiritual e existencial na praia que, segundo a britânica, é a melhor do mundo.

Com uma história de vida dessa alguém duvida que seu novo projeto será um sucesso?
Kite está para o Ceará assim como o surf para o Havaí

"Viver no Ceará e não praticar kitesurf é como morar no Havaí e não surfar". Já faz algum tempo que essa frase me persegue. Mas, até hoje, ninguém havia conseguido me transmitir essa relação de maneira tão intensa quanto a jovem estudante de jornalismo, Gisele Nuaz.

Para a estudante Gisele Nuaz, velejar no litoral do Ceará é um privilégio favorecido pelos bons ventos

"Você precisa velejar, sentir o vento no rosto e o deslizar da prancha em seus pés sobre a água. É uma sensação incrível. Não prive seu espírito desse sentimento, afinal de contas, você mora no Ceará e não tem o direito de desperdiçar esse presente divino que lhe é oferecido diariamente por essa natureza linda e privilegiada de nosso estado", aconselha Gisele.

Para ela, que é amiga e fã da inglesa Kate, o Ceará e os cearenses precisam enxergar e reconhecer urgentemente a importância do kitesurf para o nosso Estado. Segundo ela, a grande sacada de Kate foi mostrar para a comunidade que a acolheu com tanto carinho - e que, até bem pouco tempo, tinha na pesca artesanal a base de sua economia -, o valor desse esporte e as possibilidades econômicas atreladas a ele e aos serviços e demandas criadas a partir da condição de destino internacional que a Taíba assumiu nos últimos anos.

Dentro desse contexto, Gisele explica que o maior mérito de Kate é mostrar que podemos vender um sonho de forma saudável, natural e sustentável.

Fonte: diariodonordeste.com

Rebanho recebe vacinação assistida em Barra do Corda

Técnicos e profissionais da Agência Estadual de Defesa Agropecuária do Maranhão (Aged), órgão vinculado à Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Pesca (Sagrima), realizou vacinação assistida contra a febre aftosa nos povoados de Barra do Corda.
As ações foram realizadas pela equipe Unidade Veterinária da Aged no município, nas fazendas Floresta - Povoado Capim -, Giordania - Povoado Unha de Gato -, Mangueirão II - Povoado Centro do Marculino -, Santo Antonio - Povoado Naru – e Canada, na sede do município. Durante essa segunda etapa da campanha de vacinação contra a febre aftosa, iniciada em 01 de novembro, já foram vacinados de forma assistida 1.779 cabeças.
A vacinação assistida é realizada pelos proprietários dos animais sob a supervisão de fiscais agropecuários da Aged. Segundo as normas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a vacinação assistida pode acontecer com objetivo de orientação, assistência a comunidades carentes ou fiscalização, e possibilita ao serviço oficial - no Maranhão representado pela Aged -, certificar a aplicação da vacina na totalidade dos animais existentes em determinadas propriedades rurais.
De acordo com o chefe da Unidade Regional da Aged em Barra do Corda, Adalgoberto Guedelha, o acompanhamento nessas propriedades é de extrema importância. “Esse rebanho que foi vacinado de forma assistida ainda não havia sido vacinado em 2012 porque estava participando do processo de sorologia exigido pelo Ministério da Agricultura [Pecuária e Abastecimento] como um dos critérios para a classificação do estado como zona livre de febre aftosa”, explicou.
Sorologia
Em todo Maranhão foram sorteadas 340 propriedades em 147 municípios, onde parte do rebanho foi selecionada para a coleta de sangue e análise laboratorial, dando continuidade ao cronograma do inquérito soroepidemiológico para avaliação de circulação do vírus. Os exames coletados até o início do segundo semestre desse ano foram enviados para laboratórios credenciados pelo Ministério, que deve divulgar ainda os resultados em todos os estados que cumpriram a sorologia.

Fonte: imirante.com

Borboletas podem sinalizar degradação ambiental

 

Asas azuis, amarelas, multicoloridas, de vários tamanhos e com uma beleza encantadora, são as características das lepidópteras ou simplesmente borboletas. Esses seres são extremamente úteis ao meio ambiente por atuarem como sinalizadores de degradação ou de preservação ambiental. Por sua importância na análise da área ecológica, esses insetos têm sido foco de um grupo de pesquisa formado pelos alunos do curso de Biologia da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Lucas Pereira Martins, Leonardo Feitosa e Elias Soares, sob a coordenação a professora Gisele Garcia Azevedo e do professor do Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo (MZUSP), Marcelo Duarte.
A pesquisa, que conta com o apoio e o financiamento da Fapema, será desenvolvida até abril de 2013, em dois fragmentos de mata amazônica, localizados no município de São José de Ribamar. O grupo de pesquisa escolheu esses dois locais, considerando uma área impactada e outra menos impactada. Com essa diferenciação, será possível perceber a variedade e a quantidade de borboletas em cada área e mapear as espécies que se adaptam em cada uma dessas regiões. Como explica um dos membros o grupo de pesquisa, Lucas Pereira Martins: “As borboletas são consideradas organismos modelos, elas são indicadoras de impactos ambientais, pois têm o ciclo de vida curto e uma interação muito grande com o meio ambiente. Escolhemos dois fragmentos diferenciados e estamos verificando as características desses insetos e sua incidência para podermos fazer um mapeamento dessas regiões”.
Muitos trabalhos em regiões tropicais, como a de São José de Ribamar, têm identificado o aumento do número de borboletas e uma maior riqueza em áreas perturbadas, o que pode ser característico desses ambientes, podendo favorecer tanto algumas espécies do ambiente original (não impactado) quanto espécies invasoras. Com essa observação, muitos pesquisadores entendem que algumas espécies, de fato, desaparecem de um sistema perturbado, enquanto outras podem ter suas populações aumentadas. Por isso, monitorar as comunidades dessas espécies de borboletas ao longo do tempo pode contribuir para a análise e a proteção dessas áreas, criando medidas que diminuam os efeitos da perturbação ambiental, antes que sejam irreversíveis.
Método e resultados parciais da pesquisa
Em um ano de pesquisa, foram capturadas 204 borboletas em armadilhas, compreendendo 26 espécies. O grupo tem colhido borboletas de duas guildas (tipos de borboletas), as frugívoras, que se alimentam de nutrientes de frutas fermentadas e seiva de plantas, e as nectarívoras, que se alimentam de néctar durante a vida adulta. Os pesquisadores capturam essas espécies e fazem a coleta de dados, nomes, espécies, tamanhos e áreas em que foram capturadas. Até o momento, segundo Lucas Pereira Martins, foi observado que tem uma grande diferença no número de borboletas nos dois fragmentos e diferenças na estação seca e chuvosa. “É interessante como elas estão ligadas diretamente ao período de chuva. Na época de maior pluviosidade, tem mais borboletas e na seca tem menos”, frisa.
O grupo reparou, ainda, que as espécies entre os fragmentos não têm diferido muito, o que muda entre as áreas é a quantidade de borboletas. “Por incrível que pareça, no fragmento mais impactado tem tido maior número de borboletas do que o mais preservado, e algumas hipóteses é que o fragmento de mata impactado e o preservado não são distantes, e pode estar havendo uma transição de borboletas entre os espaços”, explica Lucas Martins. Segundo o pesquisador, se as áreas fossem muito distantes, na área impactada o número seria pequeno, mas se fosse só preservado o número seria bem maior.
Após o término da pesquisa, haverá a criação de uma coleção etimológica, com dados sobre as espécies de borboletas coletadas e suas características. A coleção será uma contribuição para as futuras pesquisas com lepidópteras e estará disponível para a visitação no curso de Biologia da UFMA. Será feito, ainda, um catálogo com fotos das borboletas e dados, para pesquisas futuras.

Fonte: imirante.com