domingo, 23 de setembro de 2012

Pescadores fazem pesca ilegal no Ceará e ameaçam fiscais do Ibama

 



Um barco foi apreendido fazendo pesca ilegal no litoral de Fortaleza na tarde deste sábado (22). Os dois pescadores que estavam na embarcação fugiram após abordagem do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e Polícia Ambiental, que coíbe a pesca ilegal no Ceará.
De acordo com o chefe de fiscalização do Ibama no Ceará, Rolfran Ribeiro, os pescadores usavam capuz e ameaçaram os fiscais do Ibama e da Polícia Ambiental. "Eles estavam encapuzados como bandidos. E como estavam em uma embarcação grande, jogaram o barco para cima da gente colocando nossa integridade em risco", conta Rolfran.
Ainda de acordo com o chefe de fiscalização do Ibama, um policial conseguiu dispersar os pescadores ilegais com um tiro, que foi disparado para o alto. Após o tiro, os pescadores fugiram.

A embarcação foi apreendida junto com 4.500 metros de rede conhecida como "caçoeira", que é proibida por degradar o meio ambiente, segundo o Ibama. Também foram apreendidos 40 quilos de lagosta pescada de forma predatória. O pescado será doado para pescadores cadastrados, e a rede será incinerada na segunda-feira (24), segundo Rolfran Ribeiro.
Segundo  o chefe de fiscalização do Ibama, o barco apreendido é cadastrado, e os fiscais vão tentar identificar os pescadores. Os suspeitos, caso apreendidos, devem responder por crime ambiental e tentativa de homicídio, além de pagar multa de R$ 20 mil.

Reforço na segurança
Servidores do Ibama no Ceará solicitaram ao Ministério da Pesca o uso de embarcações da Marinha para monitorar a pesca ilegal no Ceará. Rolfran Ribeiro diz também que, a partir deste mês, os policiais ambientais que fazem a fiscalização da pesca usarão armas de grosso calibre.

Fonte: G1

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Caminhões-pipa são apreendidos retirando água de reserva ambiental

 

A Guarda Florestal de São Luís apreendeu, nesta quarta-feira (19), dois caminhões-pipa que estavam retiradando, ilegalmente, a água de um rio da Reserva Ambiental da Vila dos Frades, próximo ao bairro do Coroadinho.
As empresas responsáveis pelos caminhões foram autuadas pela Guarda Florestal em flagrante. "Entrar e explorar recursos ambientais sem permissão e autorização do órgão competente é crime, com pena em forma de multa de R$ 1 mil a R$ 10 mil. O processo vai seguir também na área penal, na Delegacia do Meio Ambiente", explicou o major Brito Júnior.
A empresa deve pagar multa de R$ 5 mil e os caminhões vão ficar à disposição da Justiça até o julgamento do processo. Como a Guarda Florestal e a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) não têm garagem apropriada, os carros vão ser devolvidos e a empresa responsável vai ser a fiel depositária dos bens.
Ainda, segundo a guarda, é a terceira vez este ano que caminhões-pipa são apreendidos abastecendo em áreas de reserva ambiental da capital.

Fonte: G1

sábado, 15 de setembro de 2012

Mancha de poluição aparece na praia

Uma grande mancha de poluição apareceu, na manhã de ontem, próximo ao Porto do Mucuripe. Os dejetos são provenientes de uma ligação de esgoto clandestino, bem perto da Capitania dos Portos.

O recepcionista do hotel Yacht Coast, Nelson Veneigas, informa que, normalmente, a situação piora quando chove, pois toda a sujeira é levada para o mar. “Mas, hoje, apareceu isso aí. E estava com um cheiro forte, como se fosse produto químico”.

O pescador Antônio Raimundo, 48, comenta que “com certeza tem algo errado. Isso não é normal e nunca tinha acontecido”. Já o instrutor Edson Ferreira afirma que o problema é recorrente.

Bem próximo do local, ao lado do Mercado dos Peixes, outro esgoto lança dejetos direto na praia. “Pela cor, a gente já sabe que é água suja”, diz o pescador Leonardo Monteiro.

Ele, que pesca há 51 anos, lembra que a quantidade de peixe no mar tem reduzido muito ao longo dos anos. “A pescaria já não rende tanto como antes”, afirma. Porém, ele acredita não haver ligação entre os esgotos clandestinos na orla de Fortaleza e a diminuição do pescado.

A Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Controle Urbano (Semam) informa que o órgão “vai enviar um equipe técnica aos locais a fim de identificar as ligações clandestinas de esgoto”.

Fonte: O Povo

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Copa de 2014 vai emitir mais de 11 milhões de toneladas de gás carbônico, aponta estudo

 A Copa do Mundo de Futebol de 2014 vai resultar na emissão de mais de 11 milhões de toneladas de gás carbônico equivalente, de acordo com estudo divulgado hoje (10) pela consultoria Personal CO2Zero. Além do próprio evento esportivo, o estudo considera a etapa de preparação, incluindo a construção e reforma de estádios, a infraestrutura do entorno e o deslocamento internacional. A quantidade equivale a 46.946 hectares de floresta para sequestro futuro de carbono, cerca de 34,5% do Pantanal, ou ao consumo de energia de 181.254 domicílios brasileiros pelo período de um ano. ''Nós estamos falando aí de um terço do Pantanal'', destacou Daniel Machado, consultor responsável pelo estudo, em entrevista à Agência Brasil. De acordo com o estudo, entre as cidades mais emissoras estão São Paulo, Salvador, Natal e Rio de Janeiro. Juntas, elas respondem por 56,7% das emissões estimadas. A cidade que menos polui, de acordo com o relatório, é Recife. Considerando somente os dias dos jogos no Brasil, os deslocamentos das delegações e do público dentro do país, as emissões alcançarão mais de 3 milhões de toneladas. Segundo o relatório, isso equivale a mais de 12 mil hectares de floresta ou a 9,3% do Pantanal. O estudo considera que as 3,6 milhões de pessoas esperadas para a Copa, das quais 3 milhões são brasileiros e 600 mil estrangeiros, provocarão emissões de mais de 5 milhões de toneladas de gás carbônico equivalente. ''A nossa maior preocupação não é apenas citar que as emissões sejam dessa monta, mas, principalmente, auxiliar na busca de mitigação'', disse Machado, que pretende encaminhar o relatório ao Comitê Organizador Local (COL) da Copa de 2014 e para o Ministério do Esporte. A sustentabilidade  da Copa 2014 será debatida nos próximos dias 12 e 13, em Brasília, por representantes das 12 cidades-sede que apresentarão estudos de caso de sustentabilidade a partir das intervenções urbanas já em curso nos municípios. De acordo com o relatório, a atividade da construção civil, por exemplo, englobando estádios, mobilidade urbana e infraestrutura em aeroportos, deverá responder pela emissão de mais de 5 milhões de toneladas de gás carbônico equivalente. Isso significa 40,9% do total de emissões ou 0,3% durante o evento. Para mitigar esse impacto, o estudo propõe o uso de matéria-prima alternativa e a adoção de processos produtivos mais sustentáveis. ''A busca por materiais em raio inferior a 800 quilômetros do estádio pode fazer diferença'', disse Machado. No caso dos transportes, o estudo aponta a utilização de biocombustíveis, em especial na aviação e, no longo prazo, investimentos no modal ferroviário. A previsão é que a área de transportes seja responsável pela emissão de 2 milhões de toneladas de gás carbônico equivalente, o que corresponde a 42,9% das emissões totais ou a 67,1% das emissões durante os jogos. O relatório aponta ainda propostas na área da alimentação, como o fomento de alimentos orgânicos e locais. Na área de energia, o estudo defende o uso de fontes renováveis. ''Quando a gente faz isso, a primeira preocupação é reduzir ao máximo possível essas emissões. O segundo passo é, sabendo quanto você emitiu ou está emitindo, neutralizar as emissões para tornar esta Copa um evento verdadeiramente sustentável. Ou sustentável com lastro''. Outro dado levantado leva em consideração a vida útil dos estádios, considerando um período de 30 anos como parâmetro e o número de jogos que serão realizados no local. Nesse caso, o Castelão, em Fortaleza, com seis jogos, deverá ser o maior emissor da Copa, com 197,98 toneladas de gás carbônico equivalente. Já o estádio mais sustentável durante a Copa, de acordo com o relatório, será a Arena Pantanal, localizada em Cuiabá (MT). A previsão é de que sejam emitidos, neste caso, 37,70 toneladas de gás carbônico equivalente nos quatro jogos que sediará. Por modais de transporte, o aéreo foi indicado como o maior agente de emissão durante a Copa, respondendo por 60% dos gases de efeito estufa. ''Quando você considera as obras das arenas mais a infraestrutura, o transporte aéreo vai ser o segundo maior emissor, perdendo apenas para a construção civil'', ressaltou Machado.

Fonte: Agência Brasil